Onze estados concentram 74% dos casos notificados de dengue no país

Balanço divulgado em 10 de abril, pelo Ministério da Saúde revela que 11 estados brasileiros concentram 74,5% dos casos de dengue notificados nos primeiros três meses deste ano: 532.107 de um total de 714.226 casos considerados suspeitos.

De 1º de janeiro a 30 de março (nas 13 primeiras semanas do ano), Rondônia, o Acre, o Amazonas, o Tocantins, Minas Gerais, o Espírito Santo, o Rio de Janeiro, o Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás registraram índices que vão de 304,9 a 3.105 casos da doença por 100 mil habitantes.

O governo federal trabalha com três níveis de incidência de dengue: baixa (até 100 casos por 100 mil habitantes), média (de 101 a 300 casos) e alta (acima de 300). A média nacional é de 368.2 casos por 100 mil habitantes.

No ano passado, de janeiro a março, foram registradas 190.294 notificações. Em 2011, os casos notificados foram 344.715 e, em 2010, 501.806.

A pasta ressaltou que, embora o país contabilize aumento nos casos suspeitos, foi registrada uma redução de 5% dos casos graves em relação ao mesmo período de 2012. No ano passado, ocorreram 1.488 casos graves e, neste ano, foram confirmados 1.417. Já em relação ao mesmo período de 2011 (5.361), houve redução de 74% e, em comparação com 2010 (7.804), de 82%.

Em relação às mortes, foram confirmadas 132 entre 1º de janeiro a 30 de março deste ano. Em 2012, foram 117 óbitos; em 2011, 236 ; e, em 2010, 306.

UF

Até a 13ª semana do ano

Incidência (por 100 mil habitantes)

2012

2013

2012

2013

Norte

20.635

42.605

126,2

260,6

Rondônia

1.040

8.571

65,4

539,1

Acre

1.097

5.148

144,6

678,5

Amazonas

2.583

10.950

71,9

304,9

Roraima

520

421

110,8

89,7

Pará

9.143

7.357

116,9

94,1

Amapá

127

500

18,2

71,6

Tocantins

6.125

9.658

432

681,2

Nordeste

67.622

47.255

125,4

87,7

Maranhão

2.641

1.220

39,3

18,2

Pia

2.792

1.302

88,3

41,2

Ceará

9.415

7.034

109,4

81,7

Rio Grande do Norte

7.095

2.106

219,8

65,2

Paraíba

1.087

2.286

28,5

59,9

Pernambuco

17.451

1.641

195,4

18,4

Alagoas

6.689

1.375

211,3

43,4

Sergipe

1.824

392

86,4

18,6

Bahia

18.628

29.899

131,4

210,9

Sudeste

78.906

376.999

96,7

462,2

Minas Gerais

8.698

152.230

43,8

766,7

Espírito Santo

2.790

33.501

78,0

936,3

Rio de Janeiro

56.426

69.258

347,6

426,7

São Paulo

10.992

122.010

26,2

291,2

Sul

1.622

56.866

5,8

205,1

Paraná

1.486

55.353

14

523,3

Santa Catarina

51

364

0,8

5,7

Rio Grande do Sul

85

1.149

0,8

10,7

Centro­-Oeste

21.509

190.501

149.1

1.320,7

Mato Grosso do Sul

2.009

77.782

80,2

3.105

Mato Grosso

11.225

25.525

360,3

819,3

Goiás

7.738

84.131

125,7

1.366,9

DistritoFederal

537

3.063

20,3

115,6

Total

190.294

714.226

98,1

368,2

Edição: Juliana Andrade

Fonte: Empresa  Brasil de Comunicação ( EBC )

Rio Grande do Sul terá R$ 103 mi contra o crack

Os recursos serão investidos em ações para aumentar a oferta de tratamento de saúde dos usuários de drogas e enfrentamento de organizações criminosas.

O estado do Rio Grande do Sul e a prefeitura de Porto Alegre assinaram, nesta terça-feira (17), o termo de cooperação para aderir ao programa do governo federal Crack, é possível vencer. Com o pacto, começam e são fortalecidas ações para aumentar a oferta de tratamento de saúde e atenção aos usuários de drogas, para enfrentar o tráfico e as organizações criminosas e para ampliar atividades de prevenção. A União deverá investir (com repasses e aplicação direta) no estado do Rio Grande do Sul R$ 103 milhões até 2014.

Além da Prefeitura de Porto Alegre e do Governo do Rio Grande do Sul, o programa Crack, é possível vencer envolve os Ministérios da Justiça, da Saúde, dos Direitos Humanos e do Desenvolvimento Social.

O Rio Grande do Sul é a quarta unidade da Federação a aderir ao programa lançado pela presidenta Dilma Rousseff em dezembro de 2011. Pernambuco, Alagoas e Rio de Janeiro já assinaram termo de cooperação.

No âmbito da saúde, Porto Alegre terá oito Centros de Atenção Psicossocial (CAPS-AD) para atendimento 24 horas em 2012 (sendo cinco novos e outros três que passarão a atender em tempo integral), quatro Consultórios nas Ruas (um novo e três que serão qualificados) e 131 leitos em enfermarias especializadas (61 novos e outros 70 qualificados). Além disso, até o final do ano serão criados quatro novas Unidades de Acolhimento Adulto e mais duas novas para atendimento de crianças e adolescentes.

Para essas melhorias na capital gaúcha, o Ministério da Saúde já liberou R$ 1,3 milhão, em 2012, fora os R$ 22,5 milhões de ampliação do financiamento dos CAPS – 40% a mais que ano passado.

Até 2014, o Rio Grande do Sul irá receber R$ 93,6 milhões do Ministério da Saúde. O montante será usado para construção de sete novos CAPs AD 24 horas, qualificação de outros 14; 28 Unidades de Acolhimento, sendo 20 destinadas ao público adulto e oito para o público infantil, 242 leitos em enfermarias especializadas e 19 Consultórios nas Ruas. Todos os equipamentos representam 548 novos leitos no estado gaúcho.

Na área de assistência social, as ações para o enfrentamento ao crack contarão com a ampliação da capacidade de atendimento nos equipamentos públicos como os Centros de Referência Especializada em Assistência Social (Creas) e os Centros de Referência Especializados para Pessoas em Situação de Rua (Centros POP).

Atualmente, existem 95 Creas em 89 municípios gaúchos com capacidade para atendimento de 5.470 famílias por mês. Com a ampliação, mais 28 unidades serão implantadas e mais 1.490 famílias serão atendidas. Dos atuais, seis são em Porto Alegre e, dos novos, um é na capital.

Responsável pelo atendimento à população em situação de rua, os oito Centros POP (dois em Porto Alegre) atendem a até a mil famílias por mês. Com a construção de mais um na capital, os serviços serão ampliadospara outras 200 famílias mensais.

Prevenção – Com ações voltadas para a escola e a comunidade, o Rio Grande do Sul pode contar com investimentos de cerca de R$ 4 milhões na formação de profissionais que atuam nas áreas de saúde, assistência social, justiça e segurança pública por meio de cursos presenciais e à distância. A Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas do Ministério da Justiça (Senad) é responsável por articular essa formação.

A meta até 2014 é formar, no estado, 23,5 mil pessoas – 9 mil delas ainda em 2012. As vagas estão divididas entre 600 profissionais que atuam em comunidades terapêuticas; 1,9 mil operadores de direito; 9 mil educadores e policiais; 5 mil conselheiros; 1,2 mil lideranças religiosas; 1,4 mil policiais rodoviários federais; e 1,3 mil profissionais de saúde e assistência social.

Segurança pública – As ações policiais do programa irão se concentrar nas fronteiras e nos locais de grande concentração de uso do crack nos centros urbanos. O Rio Grande do Sul é o primeiro estado de fronteira a aderir ao programa. Na divisa com o Uruguai e a Argentina, serão intensificadas as ações de inteligência e de investigação para identificar e prender os traficantes, bem como desarticular organizações criminosas que atuam no tráfico de drogas ilícitas.

Está prevista também a implementação de policiamento ostensivo e de proximidade nas áreas de concentração de uso de drogas, onde serão instaladas câmeras de videomonitoramento fixo. O Rio Grande do Sul vai receber três bases móveis equipadas com sistema de videomonitoramento, 60 câmeras de videomonitoramento fixo, três veículos e seis motocicletas e 600 equipamentos de menor potencial ofensivo, além da capacitação de 120 profissionais de segurança pública que irão atuar nas cenas de uso de crack e outras drogas. O total de investimentos do governo federal na segurança pública fica acima de R$ 5,5 milhões. A expectativa é que a utilização de câmeras móveis e fixas contribua para inibir a prática de crimes, principalmente o tráfico de drogas.

O programa Crack, é possível vencer prevê, no total, R$ 4 bilhões em recursos federais e conta com ações dos ministérios da Justiça, da Saúde e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, além da Casa Civil e da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

Fonte: Ministério da Saúde